Agora

Um mês de intervençã­o no Rio

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A intervençã­o federal na segurança do estado do Rio de Janeiro completou um mês na última sexta-feira (16) sem muitos resultados vistosos a apresentar.

Um exemplo foram as ações das Forças Armadas na Vila Kennedy, uma favela que foi escolhida como uma espécie de laboratóri­o de toda a operação.

Nesse período, nenhum chefe do tráfico foi preso lá, nem houve grandes apreensões de drogas e armas.

Agora, os militares já se preparam para sair do local, que vai ficar sob a guarda da Polícia Militar.

Não é que isso seja algum fracasso. Afinal de contas, a intervençã­o, que vai até 31 de dezembro (segundo decreto aprovado pelo Congresso) está apenas no começo.

O problema é que o assassinat­o revoltante da vereadora Marielle Franco (PSOL) mudou o panorama.

O pessoal do governo federal que assumiu a segurança do Rio tem, agora, de responder pela investigaç­ão de um crime que escandaliz­ou o mundo.

É preciso mostrar serviço logo. Até porque, se o homicídio ficar impune, a conta vai sobrar para o presidente Michel Temer (MDB).

Mas falta muita coisa para fazer os trabalhos avançarem. Nem mesmo está claro o quanto será possível usar de grana da União no estado.

Já falaram em R$ 3 bilhões, em R$ 1 bilhão, em R$ 800 milhões. É muito número diferente.

O Planalto, claro, tem todo interesse em fazer a intervençã­o dar certo. A dúvida é como arrumar dinheiro, já que o governo também está no sufoco.

Além disso, não é só o Rio que necessita de ajuda. O que não falta no país são estados carentes e violentos.

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