Agora

Ministro diz que vetará plano de ensino médio a distância

Mendonça Filho refuta proposta de liberar 40% das aulas fora da sala de aula e diz que não foi consultado

- (FSP)

Brasília O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), disse que vai vetar a proposta de liberar 40% de aulas a distância no ensino médio caso ela seja aprovada no CNE (Conselho Nacional de Educação). O CNE já discute uma nova resolução de atualizaçã­o da Diretrizes Nacionais Curricular­es do Ensino Médio, onde consta essa previsão.

Para a Educação de Jovens e Adultos, a abertura prevista no plano é de 100% para atividades a distância.

A reportagem pediu ao MEC, na sexta-feira, posicionam­ento específico sobre a proposta de ensino a distância. O ministério, no entanto, se limitou a responder que o CNE era o órgão responsáve­l pela discussão e que aguardava a conclusão para homologaçã­o. Após a publicação da reportagem, Mendonça disse que não havia sido consultado sobre o assunto, ressaltand­o que não concorda com a abertura de 40% da carga horária para atividades remotas. “O governo não quer isso, não foi discutido no MEC. Não concordo e não passará”, disse. “O debate no CNE é livre, e eu até desconheço a proposta. Quem fala pelo MEC é o ministro.”

A abertura a atividades remotas no ensino médio já havia sido permitida pela reforma do ensino médio, aprovada pelo governo Michel Temer em fevereiro de 2017. O que as novas diretrizes trazem é uma regulament­ação de carga horária.

As diretrizes estão em debate e a aprovação deve ocorrer neste semestre.

Em nota encaminhad­a após a publicação da reportagem, o MEC afirmou que o órgão não encaminhou a sugestão formal ao CNE e que “discorda dessa proposta”. “Não é verdade tal afirmação [de que o governo que liberar 40% do ensino médio a distância]”, diz a nota.

Mendonça Filho já declarou que vai se candidatar nas próximas eleições e deixará o MEC até o início de abril.

A reforma do ensino médio também definiu a flexibiliz­ação do currículo. Parte da grade deve ser cursada a partir da escolha dos alunos entre cinco áreas (se houver oferta): matemática, linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e ensino profission­alizante. Essa parte flexível deve responder a 40% da carga horária.

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X O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM); ele deixará a pasta em abril para se candidatar
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João Luiz Gasparini/divulgação

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