Grana do governo vai para armas no Rio
Rio O general Mauro Sinott, chefe do gabinete de intervenção federal no Rio de Janeiro, afirmou que, frente a uma limitação de recursos financeiros, a prioridade será investir na recomposição das forças policiais. Ele citou diretamente a intenção de dar prioridade a compras de armas, investimento em veículos e pagamento de salários.
Anteontem, o general Walter Braga Netto se reuniu com um grupo de parlamentares e afirmou que seriam necessários ao menos R$ 3,1 bilhões em investimentos até o fim do ano para lutar contra a criminalidade no Rio.
Porém, o governo federal anunciou no mesmo dia que a verba a ser liberada seria da ordem de R$ 1 bilhão.
Sinott deu a informação sobre a prioridade de uso dos recursos, ontem, após cerimônia na qual passou o comando da primeira região do Exército, que comanda 11 mil homens e é a maior divisão da corporação em todo o país, para o general Antonio Manoel Barros.
O general acumulava os dois cargos e, agora, se dedicará inteiramente à intervenção a partir de agora. Enquanto o dinheiro não chega, os interventores tentam reorganizar e reaparelhar a polícia com recursos e apoio dos quais já dispõem.
Na tarde de ontem, os interventores deveriam receber do Exército cerca de cem fuzis que devem ser destinados às forças de segurança do Rio de Janeiro.