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Itens para o almoço de Páscoa ficam mais caros

Ingredient­es comuns na bacalhoada do brasileiro subiram, como os pescados, com alta de 2,53%

- Gilberto yoshinaga

A grana curta pode prejudicar o hábito de muitos brasileiro­s na Sexta-feira Santa: o consumo da tradiciona­l bacalhoada. Mesmo para quem vai substituir o bacalhau por outro peixe mais em conta na semana que vem, os preços podem não ser tão animadores.

Segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), os pescados acumularam alta de 2,53% entre março de 2017 e fevereiro deste ano. No período, a inflação ficou em 2,84%.

Porém, outros ingredient­es da bacalhoada tiveram aumentos expressivo­s nesses 12 meses, como o tomate (48,25%), a cebola (27,18%) e a batata-inglesa (18,20%). E, se o bacalhau é considerad­o caro, alguns peixes viram seu preço disparar no período, como a corvina (19,47%) ou a anchova (11,92%).

“Só vim pegar preços. Minha mulher é que vai decidir a compra”, disse ontem o autônomo Carlos Onofre, 43 anos, no Mercado Municipal da capital. “Não vamos deixar de seguir a tradição, mas talvez a gente diminua a quantidade de bacalhau e coloque mais legumes.”

Já a dona de casa Maria Quitéria dos Santos, 58 anos, decidiu substituir o peixe. “O bacalhau de qualidade é muito caro”, diz. “Vou comprar outro tipo de peixe, mas ainda não sei qual vai ser.”

O comerciant­e Cícero Macedo, da banca Ki-peixe, ainda vê um momento difícil. “Se as vendas forem iguais às de 2017, já fico satisfeito”, afirmou. Seu colega Ramon Garcia, 60 anos, da Banca do Ramon, é mais otimista e prevê vendas até 25% maiores. “O ânimo no comércio está voltando e acredito que 2018 será um ano melhor”, disse ele.

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