Vigilante é terceira vítima de temporal em São Paulo
Homem de 43 anos morreu após ser atingido por árvore em casarão no Alto de Pinheiros
O vigilante Gerson Xavier de Santana, 43 anos, foi a terceira pessoa a morrer em consequência do temporal que atingiu a capital anteontem. Santana era vigilante em um casarão em Alto de Pinheiros (zona oeste), e acabou debaixo de uma árvore, que tombou com a chuva e o vento forte.
Santana estava na guarita e, por temer que uma árvore do quintal da casa caísse sobre o local, saiu correndo. Foi nesse momento que acabou atingido. Policiais relataram que o vigilante teve fratura exposta na canela esquerda, fratura no braço esquerdo e lesões na cabeça. Ele foi levado ao Hospital das Clínicas por bombeiros, onde recebeu atendimento, mas morreu na madrugada de ontem.
“Eu mesmo deixei a guarita onde estava e corri para uma garagem”, disse o vigia Jaime Jardim, 41, que trabalha no mesmo quarteirão.
Proprietária da casa onde Santana trabalhava, a empresária Maricy Rodrigues Trussardi disse ao SP2, da TV Globo, não ter certeza do que provocou a queda. “A árvore está verdinha, não está apodrecida de jeito nenhum.”
Além do vigilante, também foram vítimas do temporal que atingiu a capital a menina Sofia Gomes Soares, 1 ano e 8 meses, na Água Branca (zona oeste), e a aposentada Vitória Leão, 85, moradora do Limão (zona norte).
A Defesa Civil diz que entre anteontem e ontem houve 137 quedas de árvores e 24 desabamentos. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) diz que, às 11h de ontem, havia 45 ocorrências de falhas nos semáforos (há 6.400 na capital) e que registrou anteontem 52 pontos de alagamento, sendo 29 intransitáveis.
A prefeitura diz que, em algumas regiões, a capital chegou a receber 80 mm de chuva em duas horas, o que equivale a 40% de precipitações previstas para o mês.
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da gestão João Doria (PSDB) diz que realizou anteontem atendimento para 164 famílias (525 pessoas) em ocorrências envolvendo desabamentos.