Agora

Supremo vota hoje pedido para Lula não ser preso

Ministra pauta o caso logo após tribunal marcar para segunda julgamento que pode prender o petista

- (FSP)

O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) julgará na tarde de hoje o habeas corpus preventivo pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para evitar sua eventual prisão.

A decisão foi tomada pela presidente da corte, Cármen Lúcia, que resistia a adotar uma medida para o caso.

A decisão de ontem foi anunciada poucas horas depois de o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) marcar para a próxima segunda-feira, às 13h30, o julgamento dos embargos de declaração da defesa.

O ex-presidente foi condenado em janeiro pela segunda instância da Justiça Federal a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex de Guarujá (86 km de SP).

Os juízes federais da 8ª turma, responsáve­is pelo julgamento do petista, já afirmaram que Lula deve começar a cumprir a pena com o fim do trâmite do processo na segunda instância.

Caberá ao juiz Sergio Moro, da primeira instância, expedir a ordem de prisão.

Sob pressão de colegas, Cármen Lúcia abriu a sessão plenária de ontem anunciando que resolveu marcar o julgamento.

Além do placar em si, há a expectativ­a de que a votação de hoje indique qual será a posição do Supremo em relação à questão da prisão em segunda instância e a outros investigad­os que venham a pedir habeas corpus, embora o resultado só sirva a Lula.

O julgamento será sob a vigência do entendimen­to firmado pelo STF em 2016, por 6 votos a 5, de que a pena de um réu pode ser executada após a condenação em segunda instância.

Posições

O ministro Gilmar Mendes, no entanto, já mudou de posição e passou a defender o recurso em liberdade até o STJ (Superior Tribunal de Justiça) analisar o caso —tese que ganhou força no tribunal nos últimos meses.

A posição da ministra Rosa Weber é apontada como “o fiel da balança”: ela é contra a prisão após segunda instância, mas defende que, por ser esse o entendimen­to do tribunal, deve ser seguido.

Em conversas reservadas, ministros apostam que ela deve votar contra o petista. Assim, ela e Gilmar trocariam de lado, o que manteria o placar no plenário em 6 a 5, levando-o a negar o pedido do ex-presidente. Lula foi condenado pela segunda instância a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo sobre o tríplex de Guarujá (86 km de SP) Os últimos recursos da defesa do petista no TRF-4 (Tribunal Regional da 4ª Região) deverão ser julgados na próxima segunda-feira

A decisão é unânime e fica mantido o acórdão da apelação

Neste caso, o extrato da ata já pode servir para que o juiz de primeiro grau execute a pena de prisão. O extrato sai no mesmo dia ou no dia seguinte ao julgamento

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Marlene Bergamo/folhapress Os ex-presidente­s Lula e Dilma, durante caravana do PT em São Borja, no Rio Grande do Sul; pré-candidato à Presidênci­a nega ser campanha antecipada
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