PS do Mandaqui fica 3 dias sem clínico, afirma sindicato
Entidade de médicos fez vistoria e diz que também encontrou pacientes em macas e cadeiras em corredor
O Pronto-socorro do Hospital do Mandaqui, no Mandaqui (zona norte), sob a gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), está sem médicos clínicos nos plantões de três dias da semana, segundo o Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo.
A entidade afirma que constatou o problema em vistoria no pronto-socorro realizada no dia 13. O sindicato entrou nesta semana com uma representação no Ministério Público de São Paulo para que a situação seja investigada. Segundo a entidade, faltam médicos e enfermeiros para o atendimento no hospital, que é referência em diferentes especialidades na região.
O presidente do sindicato, Eder Gatti, afirma que o problema foi levado à entidade por médicos que trabalham no local. Ele diz que se reuniu com as diretorias técnica e clínica do hospital para tratar do assunto. “A falta de clínicos afeta a qualidade do atendimento e sobrecarrega os médicos de outras especialidades, que passam a fazer também o atendimento clínico”, afirma.
No dia em que o hospital foi visitado pelo sindicato, segundo Gatti, 42 pacientes hospitalizados estavam em macas e cadeiras em corredores e na sala de medicação do complexo. Outros 18 pacientes estavam em leitos de retaguarda do pronto-socorro. Gatti afirma que, entre esses pacientes, havia doentes em estado grave, que eram atendidos lá por falta de leitos adequados.
Ele diz que a falta de médicos, além de prejudicar o atendimento direto à população, cria problemas para a formação dos residentes. “Com a falta de equipe, a orientação aos residentes, que são médicos em formação, fica prejudicada.”