Bruno diz que vai se inspirar em avô ao assumir prefeitura
Vice-prefeito diz que é social-democrata, como Mario Covas, que o iniciou na política aos 14 anos
Bruno Covas (PSDB), que assumirá a Prefeitura de São Paulo em abril, com a saída de João Doria (PSDB) para concorrer ao governo, afirma que os paulistanos devem esperar um prefeito mais para Mario Covas, seu avô, do que para Doria. “Em função da convivência com ele [Covas], sou um social-democrata que entende que o Estado não deve participar de tudo, mas precisa dar atenção máxima a educação, saúde e segurança. Doria tem uma posição mais liberal, mas tudo é relativo.”
Entre os principais projetos de Doria está o programa de privatizações que inclui parques, terminais de ônibus, o Interlagos e o Pacaembu.
Bruno lembra dos mutirões para fazer melhorias na periferia em que Mario Covas, quando prefeito, punha a mão na massa como engenheiro e proibia os assessores de avisar a imprensa. Bem ao contrário de Doria, que não faz nada sem ser acompanhado de uma equipe de vídeo para alimentar suas redes sociais.
Cuidadoso ao falar, Bruno não quer “sentar na cadeira antes da hora”, lembrando do episódio em que Fernando Henrique Cardoso posou para fotos no gabinete do prefeito dias antes da eleição que perdeu para Jânio Quadros, em 1985. Ao assumir, Jânio desinfetou a cadeira.
Ao ser questionado se está preocupado com os problemas que vai enfrentar, Bruno responde: “‘Que nada... Assim que é bom! Eu gosto é disso. Não dá para deixar de ser feliz quando se faz o que gosta”.
Para ele, fazer o que é fazer política, uma arte que ele começou a aprender com 14 anos, quando foi morar no Palácio dos Bandeirantes com Covas, morto em 2001, então governador. “Eu adorava ano de eleição, sempre gostei disso. O avô Mario nada tinha a ver com o político, que tinha fama de bravo. Não me lembro de ter levado uma só bronca dele.” Bruno Covas (PSDB), vice-prefeito da capital