Atirador ataca mercado na França e mata três pessoas
Marroquino se disse integrante do Estado Islâmico e acabou morto pela polícia na ação em Trèbes
A polícia francesa matou ontem o homem armado que tomou reféns em um mercado em Trèbes, no Sul do país, e provocou ao menos três mortos na ação.
Outras 16 pessoas ficaram feridas, disse o presidente Emmanuel Macron, que chamou o caso de um ato de terrorismo islâmico.
Segundo a imprensa local, o responsável pela ação é Redouane Lakdim, 26 anos, que declarou pertencer ao Estado Islâmico, autor de uma série de ataques que vitimou 130 pessoas em Paris em 2015. O grupo terrorista assumiu a autoria do atentado de ontem, mas não apresentou provas.
Ainda de acordo com a mídia francesa, o homem armado exigiu a libertação de Salah Abdeslam, um dos responsáveis pelos atentados de 2015. Ele foi identificado como o cidadão marroquino Redouane Lakdim.
Testemunhas disseram que cerca de 20 pessoas no supermercado se esconderam na sala de refrigeração. Um tenente-coronel que trocou de lugar com um dos reféns estava lutando pela vida no hospital, segundo Macron.
Investigação
Ladkim era conhecido pelas autoridades como um pequeno criminoso, que esteve sob vigilância dos serviços de segurança em 2016 e 2017, disse o promotor parisiense François Molins, que lidera a investigação.
“O monitoramento não revelou nenhum sinal aparente que pudesse nos levar a prever que ele agiria”, declarou Molins, acrescentando que uma mulher ligada a Lakdim foi presa.
O ministro do Interior, Gerard Collomb, disse acreditar que o agressor tenha agido sozinho. “Todo dia nós detectamos fatos e frustramos novos ataques. Infelizmente, esse aconteceu sem que nós pudéssemos confrontá-lo.”
Ação
Ladkim primeiro matou uma pessoa com um tiro na cabeça ao roubar um carro em Carcassonne.
Ele encostou com o carro em quatro policiais que estavam praticando corrida pela cidade, abriu fogo atingindo um no ombro e então dirigiu a Trèbes, cerca de oito quilômetros, onde ele fez os reféns no supermercado.
“O agressor entrou na loja gritando ‘Allahu Akbar’ e indicou que era um soldado do Estado Islâmico pronto para morrer pela Síria, antes de atirar em um cliente e um funcionário da loja que morreram no local”, afirmou o promotor.