Brasil coletivo goleia e mostra vida sem Neymar
Meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro, vou cantar-te nos meus versos... Alô, povão, agora é fé! A goleada de 3 a 0 sobre a anfitriã Rússia, com gols anotados no segundo tempo por Miranda, Philippe Coutinho e Paulinho, foi importante para reiterar algumas convicções de Tite.
Ao contrário do que foi mostrado em 2014, com Felipão, e na sequência, com Dunga, a seleção brasileira agora é um time, é um coletivo, não um catadão de soldados, com muito orgulho, muito amor, muita alegria nas pernas e nenhuma estratégia. Outra mentira, aquele papo de que a geração atual é horrorosa, mais uma vez, foi desmascarada. Marcelo, Casemiro, Coutinho, Willian, Paulinho, Douglas Costa e Gabriel Jesus, para citar alguns, jogam todos em grandes clubes (seleções internacionais) europeus e têm talento, ainda que o status de craque me parece mais adequado a Neymar.
E, por falar no craque, óbvio ululante, que Neymar tem lugar cativo na seleção, mas como parte do sistema. Acabou a era do cada um por si, bico para frente, bola no Neymar e seja o que Deus quiser. Ontem, sem o atacante, o Brasil teve dificuldade no primeiro tempo para ultrapassar o ferrolho russo armado no 5-4-1, mas manteve o controle, a posse de bola e, com autoridade e naturalidade, contando mais uma vez com ótimas infiltrações de Paulinho (mérito, outra vez, de Tite), goleou na etapa final.
Se há vida sem Neymar, e, reitero, há, a vida pode ser bem melhor com o dono da bola do PSG. Terça-feira, contra a Alemanha, é hora de exorcizar o fantasma do 7 a 1 para chegar mais confiante no Mundial. Se vamos ganhar ou não, o tempo dirá, mas é inegável que agora o Brasil, que sempre teve jogador, tem treinador e, pois, tem time!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!