PS de Parelheiros só atende pacientes encaminhados
Nova unidade vai atender somente quem for enviado por AMAS e UPAS ou tiver quadro grave
A gestão João Doria (PSDB) inaugurou ontem o prontosocorro do Hospital Municipal de Parelheiros, na zona sul da capital, três anos após o início das obras, ainda durante a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Porém, o pronto-socorro só atenderá pacientes encaminhados por outras unidades de saúde, como AMAS e UPAS, ou casos de urgência e emergência, como infartos ou com risco de morte do paciente.
Os casos menos graves, como viroses, febre, uma fratura simples ou dores em geral continuarão sendo atendidos na AMA Parelheiros ou no Pronto-socorro Municipal Balneário São José, que ficam a 1 km e a 8 quilômetros de distância da nova unidade de saúde, respectivamente.
O modelo de atendimento no pronto-socorro foi criticado por moradores da região, que há décadas aguardavam pela conclusão das obras do hospital (leia mais abaixo).
Gonzalo Vecina Neto, o especialista em gestão pública em saúde, disse que o atendimento referenciado em prontos-socorros, como é o caso de Parelheiros, é uma boa decisão para dar melhor atendimento aos pacientes mais graves, e deve ser adotado em regiões que tenham unidades para atender os casos menos graves.
“No caso de Parelheiros, o ideal seria manter o atendimento referenciado (por encaminhamento) no horário comercial e fora dele o pronto-socorro ser porta aberta para a população”, afirmou.
Por enquanto, o novo pronto-socorro terá cinco especialidades: ortopedia, ginecologia, clínica médica, cirurgia geral e pediatria. A previsão é de atender 600 pessoas por dia. Segundo a prefeitura, a nova unidade beneficiará cerca de 2,5 milhões de pessoas, mais diretamente os cerca de 160 mil moradores de Parelheiros. O valor total investido na construção do hospital foi de R$ 182 milhões, segundo a prefeitura. A previsão de conclusão das obras é maio.