Moradores reclamam de modelo
Moradores de Parelheiros que há décadas esperavam pelo hospital municipal criticaram a forma de atendimento no pronto-socorro.
A doméstica Antonia Paula dos Santos, 58 anos, disse que ficou decepcionada quando soube, ontem, que a unidade só vai atender casos encaminhados por outras unidades. “Não foi essa a nossa campanha. Esperava que fosso um pronto-socorro de porta aberta. Ficou muito lindo, e eu agradeço por isso. Mas queremos atendimento de porta aberta”, afirmou.
A auxiliar infantil Vanderlúcia Jacinto do Nascimento, 47 anos, disse que também esperava pelo atendimento de porta aberta. “O que vai acontecer é que os outros prontos-socorros da região vão continuar lotados. Essa decisão foi uma decepção para nós”, disse.
Pacientes que aguardavam por atendimento na AMA Parelheiros ontem também ficaram surpresos quando souberam, pela reportagem, que o novo pronto-socorro não será porta aberta. Eles também temem que a prefeitura feche a AMA, na reestruturação da saúde que está em curso. “É um absurdo isso. Se não foi para atender a população em geral, porque fez o pronto-socorro?”, disse a estudante Deyse Sá, 22 anos, que ontem foi à AMA com o primo Caio, 8 anos.
Para a arrumadeira Rosilene dos Santos, 37 anos, a espera vai continuar na AMA. “É um absurdo não ser de porta aberta.”