Preços dos remédios vão subir até 2,84%
Reajuste autorizado pelo governo entra em vigor hoje e é um dos menores em 12 anos, segundo o setor
Os preços dos medicamentos poderão ser reajustados em até 2,84% a partir de hoje. O aumento foi autorizado pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) em resolução publicada no “Diário Oficial da União”. A alta máxima permitida é igual à inflação registrada em 12 meses até fevereiro, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE.
O aumento é divido em três níveis, de 2,09%, 2,47% ou 2,84%, conforme o tipo de medicamento e a concorrência no mercado. O menor índice é aplicado nos remédios com menos concorrência, como os de referência ainda protegidos por patentes. Já o maior índice, igual ao IPCA, vale para os produtos como os medicamentos genéricos e similares, explica a Interfarma, associação que representa a indústria farmacêutica do país.
Ainda segundo o órgão, por causa da inflação baixa registrada no ano passado, esse é um dos menores reajustes autorizados pelo governo nos últimos 12 anos.
Além da inflação oficial, a fórmula para a correção de preços dos remédios considera fatores como a produtividade da indústria farmacêutica, a concorrência de mercado, o câmbio e o valor da energia elétrica.
Aos poucos
A Interfarma lembra que, embora o reajuste tenha data marcada e entre em vigor hoje, a alta de preços nas farmácias ocorre aos poucos. Isso porque os distribuidores e comerciantes costumam aumentar os seus estoques para manter o valor antigo por algumas semanas.