Agora

Funcionári­o parente é boa opção, mas exige cuidado

Conhecer a pessoa ajuda, mas o perigo é misturar assunto profission­al com pessoal no prédio

- Emerson vicente

A busca por um emprego tem tornado comum a indicação de parentes para trabalhar dentro de condomínio­s. Irmãos, primos e até pais e filhos dividem o mesmo ambiente profission­al em prédios. Mas, existem pontos positivos e negativos.

“Um dos pontos positivos é o fato de se conhecerem. Um já sabe como o outro trabalha, como se comporta. Se houve uma indicação, é porque existe uma confiança”, diz Maurício Barbosa, gerente de Recursos Humanos da Oma Condomínio. “O problema é quando um assunto familiar acaba se misturando com o profission­al. É preciso saber que ali é um local de trabalho”, completa.

O zelador Roberto Antonio Sério, 51 anos, trabalha há 23 anos em condomínio­s em São Paulo. Já chegou a ter cinco parentes trabalhand­o juntos —hoje conta com três em um prédio da zona sul. Para ele, o que pesa é a confiança. “Tem uns que você confia bastante, dá para fazer as coisas tranquilam­ente”, disse Sério, que trabalha com um primo e um cunhado no condomínio.

Já Antonio Alecssandr­o Costa, 34 anos, zelador de um prédio na região central, não trabalha com parentes, mas indicou vários a outros condomínio­s. “Somos dez, entre primos e tios. Todos trabalham em prédios.”

A questão se torna mais complicada quando o síndico emprega um parente. “Parentes entre funcionári­os não vejo tanto problema quanto para parentes do síndico. Quando o parentesco é com o síndico fatalmente vai dar problema. Entendo que não é ilegal, mas é imoral”, diz o advogado Rodrigo Karpat.

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Robson Ventura/folhapress O zelador Antonio Alecssandr­o Costa, 34 anos, tem parentes que trabalham na mesma função em outros condomínio­s

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