Agora

Rocinha fica sem serviços básicos

- (FSP)

Rio Os conflitos entre facções e entre policiais e traficante­s, que ocorrem desde setembro na Rocinha, não só levam medo à comunidade de 69 mil habitantes no Rio, como também estão tirando o acesso de moradores a serviços básicos, entre eles, nas áreas de saúde e Justiça.

Desde setembro, quando começou aquilo que os moradores chamam de “guerra”, ao menos 53 pessoas foram mortas ali, entre elas um idoso, uma turista e um homem que estava com um bebê no colo ao ser atingido.

O programa Justiça Itinerante, que leva juízes, membros do Ministério Público e Defensoria Pública até os cidadãos, foi suspenso.

As unidades de saúde estão com as portas abertas, mas os médicos não vão mais até a casa das pessoas.

ONGS que dependem de voluntário­s estão sem mão de obra, e o lazer foi afetado: à noite, ruas da favela que costumavam ferver agora estão mais vazias.

A violência tem feito as pessoas se mudarem, tanto para partes menos violentas da própria Rocinha quanto para outras favelas. A esteticist­a Ana é uma delas. “A polícia estava lá [na minha rua] todo dia. Um dia, cheguei em casa e vi que o muro da varanda estava todo esburacado de bala. Aí entendi que precisava sair de lá. Fui para o Valão [também na Rocinha], que também está tenso, mas menos”, diz.

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Leo Correa - 30.mar.2018/ap Vista da favela da Rocinha, no Rio, ao anoitecer; conflitos entre policiais e traficante­s suspendem serviços básicos na comunidade, como saúde e Justiça

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