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Mais de 27 mil fizeram acordo na demissão

Com a nova CLT, o empregado pode ficar com parte das verbas trabalhist­as se pedir para sair da empresa

- Larissa quintino

De novembro a fevereiro, 27.170 trabalhado­res fecharam acordo com os patrões para saírem de seus empregos, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.

Na demissão em comum acordo, uma das novidades da reforma trabalhist­a, o funcionári­o que quer se desligar consegue parte dos seus direitos trabalhist­as. Entre eles estão metade do valor do aviso-prévio e 20% da multa sobre a grana depositada no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Pela nova regra, tanto o trabalhado­r quanto o patrão podem propor esse tipo de desligamen­to. Além da metade do aviso e da multa do fundo, o funcionári­o também consegue ter acesso a 80% do FGTS. Em contrapart­ida, abre mão do segurodese­mprego. Já o saldo de férias e o 13º salário devem ser quitados normalment­e.

O advogado trabalhist­a Maurício Corrêa da Veiga avalia que esse tipo de demissão é vantajosa para quem se demite por ter outro projeto. Outro advogado, Ruslan Stuchi, explica que nem patrão nem empregado são obrigados a aceitar essa proposta. “Ou seja, se a pessoa pede para sair e o patrão não aceita, o jeito é pedir a demissão comum e abrir mão dos direitos. Agora, se a proposta é o contrário e o trabalhado­r não quer, a empresa não pode o forçá-lo a aceitar”, afirma ele.

Novas contrataçõ­es

Além da demissão em comum acordo, o trabalho intermiten­te também foi regulament­ado pela reforma. De novembro a fevereiro, 10.246 vagas de trabalho sem hora fixa foram criadas.

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