Nova investida no STF pede suspensão de prisões em 2ª instância
O IGP (Instituto de Garantias Penais), que reúne advogados criminalistas de renome, reforçou ontem um pedido para que o STF (Supremo Tribunal Federal) suspenda prisões de condenados em segunda instância até uma palavra final da corte sobre a constitucionalidade dessa medida.
O instituto é amicus curiae (amigo da corte, em latim) em uma ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade) que discute a execução provisória da pena —a possibilidade de prender antes de esgotados os recursos nos tribunais superiores.
O pedido é assinado pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.
Na quinta passada, advogados que ajuizaram a ADC em 2016 —incluindo Kakay— pediram ao relator da ação, ministro Marco Aurélio, uma medida cautelar para suspender as prisões de condenados em segundo grau.
A justificativa deles é que o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula na quarta passada, que pedia para não ser preso antes de esgotados todos os recursos, deixou claro que a maioria dos ministros é contrária ao entendimento vigente.
O ministro Marco Aurélio disse ter intenção de levar o pedido de liminar ao plenário amanhã, o que deve reacender o debate.