Em pé de guerra
Verdão fala grosso contra a FPF e já há movimento no clube para boicotar Paulista na edição de 2019
O Palmeiras está em pé de guerra com a FPF (Federação Paulista de Futebol) depois de entender que foi prejudicado pela arbitragem na final do Paulistão, anteontem.
Um grupo de conselheiros pede que o clube dispute o Estadual ano que vem com uma equipe reserva ou atletas das categorias de base.
O documento ainda pede que o Verdão filme a atuação dos árbitros em todas as partidas e faz menção para que os juízes envolvidos no Dérbi, anteontem, nunca mais apitem uma partida do time.
A carta será protocolada na secretaria do clube hoje.
Embora tenha dito que o que aconteceu no Allianz era uma vergonha, o presidente Maurício Galiotte não tem muito a fazer. Se boicotar a competição na próxima temporada, pode acabar sendo multado. Por questões contratuais com a Globo, o clube não pode abandonar o torneio de forma escancarada e pôr reservas ou só jovens.
Indignado, o mandatário proibiu que qualquer jogador ou representante do clube fosse à festa de premiação ontem. Oito jogadores (Jailson, Marcos Rocha, Antônio Carlos, Victor Luís, Felipe Melo, Lucas Lima, Dudu e Borja), além do técnico Roger, estão na seleção do Paulistão.
Galiotte ainda estuda fazer uma representação contra a arbitragem de Marcelo Aparecido de Souza no TJD-SP.
A ideia é reclamar que houve interferência externa no lance em que o juiz assinalou pênalti de Ralf em Dudu e depois voltou atrás.
Mesmo com chance remota de vencer nos tribunais, a ideia é mostrar repudio.
Árbitro nega
Marcelo Aparecido de Souza, com respaldo da FPF, negou que tenha havido interferência externa. Na súmula da partida, ele informa que foi avisado pelo quarto árbitro, Adriano Miranda, que não houve infração no lance.
“Quero deixar claro que não houve interferência externa”, disse Aparecido em entrevista para o Sportv.
O árbitro entende que a polêmica cresceu por causa da demora em chegar a um consenso. Foram oito minutos entre o ato de apitar a penalidade e corrigir a decisão. “A demora não foi ideal. Houve uma demora. Todo mundo falando ao mesmo tempo complica”, disse.
Em nota, a FPF defende a decisão e diz que é recomendação da entidade que todo lance com alta dificuldade seja consultado por toda a equipe de arbitragem.
A entidade, contudo, não quis se manifestar sobre as reclamações feitas pelo presidente do Verdão.