Agora

Em pé de guerra

Verdão fala grosso contra a FPF e já há movimento no clube para boicotar Paulista na edição de 2019

- Alexandre de aquino (Com UOL)

O Palmeiras está em pé de guerra com a FPF (Federação Paulista de Futebol) depois de entender que foi prejudicad­o pela arbitragem na final do Paulistão, anteontem.

Um grupo de conselheir­os pede que o clube dispute o Estadual ano que vem com uma equipe reserva ou atletas das categorias de base.

O documento ainda pede que o Verdão filme a atuação dos árbitros em todas as partidas e faz menção para que os juízes envolvidos no Dérbi, anteontem, nunca mais apitem uma partida do time.

A carta será protocolad­a na secretaria do clube hoje.

Embora tenha dito que o que aconteceu no Allianz era uma vergonha, o presidente Maurício Galiotte não tem muito a fazer. Se boicotar a competição na próxima temporada, pode acabar sendo multado. Por questões contratuai­s com a Globo, o clube não pode abandonar o torneio de forma escancarad­a e pôr reservas ou só jovens.

Indignado, o mandatário proibiu que qualquer jogador ou representa­nte do clube fosse à festa de premiação ontem. Oito jogadores (Jailson, Marcos Rocha, Antônio Carlos, Victor Luís, Felipe Melo, Lucas Lima, Dudu e Borja), além do técnico Roger, estão na seleção do Paulistão.

Galiotte ainda estuda fazer uma representa­ção contra a arbitragem de Marcelo Aparecido de Souza no TJD-SP.

A ideia é reclamar que houve interferên­cia externa no lance em que o juiz assinalou pênalti de Ralf em Dudu e depois voltou atrás.

Mesmo com chance remota de vencer nos tribunais, a ideia é mostrar repudio.

Árbitro nega

Marcelo Aparecido de Souza, com respaldo da FPF, negou que tenha havido interferên­cia externa. Na súmula da partida, ele informa que foi avisado pelo quarto árbitro, Adriano Miranda, que não houve infração no lance.

“Quero deixar claro que não houve interferên­cia externa”, disse Aparecido em entrevista para o Sportv.

O árbitro entende que a polêmica cresceu por causa da demora em chegar a um consenso. Foram oito minutos entre o ato de apitar a penalidade e corrigir a decisão. “A demora não foi ideal. Houve uma demora. Todo mundo falando ao mesmo tempo complica”, disse.

Em nota, a FPF defende a decisão e diz que é recomendaç­ão da entidade que todo lance com alta dificuldad­e seja consultado por toda a equipe de arbitragem.

A entidade, contudo, não quis se manifestar sobre as reclamaçõe­s feitas pelo presidente do Verdão.

 ?? César Greco - 11.nov.17/ag. Palmeiras ?? O presidente do Verdão, Maurício Galiotte, estuda entrar com uma representa­ção no TJD-SP contra o árbitro do Dérbi, Marcelo Aparecido de Souza; para o mandatário, houve interferên­cia externa no jogo
César Greco - 11.nov.17/ag. Palmeiras O presidente do Verdão, Maurício Galiotte, estuda entrar com uma representa­ção no TJD-SP contra o árbitro do Dérbi, Marcelo Aparecido de Souza; para o mandatário, houve interferên­cia externa no jogo

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