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Prisão enfraquece Lula e põe Marina perto de Bolsonaro

Apoio a líder petista teve diminuição e desconfian­ça sobre sua candidatur­a à Presidênci­a subiu

- (FSP)

A prisão diminuiu o apoio do eleitorado ao ex-presidente Lula (PT), aumentou a desconfian­ça sobre a viabilidad­e de sua candidatur­a e manteve indefinida a disputa de sua herança eleitoral, segundo pesquisa do Datafolha realizada entre os dias 11 e 13 de abril em todo o país.

O levantamen­to aponta o líder petista com 31% das intenções de voto no cenário mais favorável entre nove pesquisado­s. No fim de janeiro, Lula tinha até 37% das preferênci­as.

Foram ouvidos 4.194 eleitores em 227 municípios. Como os cenários pesquisado­s são diferentes dos analisados em janeiro, a comparação direta entre os dois levantamen­tos não é possível.

Mesmo depois de ter sido preso, no último sábado, 7 de abril, o PT diz manter a intenção de registrar a candidatur­a de Lula, que cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro. Apesar do veto imposto pela Lei da Ficha Limpa, a legislação permite que ele peça registro mesmo preso. Cabe à Justiça Eleitoral analisar o pedido.

Nos cenários sem Lula, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) e a ex-senadora Marina Silva (Rede) aparecem empatados na liderança. Ele tem 17% das intenções de voto, e ela oscila entre 15% e 16%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuai­s para mais ou para menos.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem 9% em todos os cenários sem Lula, empatado com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o expresiden­te do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que entrou no PSB, mas não lançou candidatur­a. Alckmin tem de 7% a 8% e Barbosa, de 9 a 10%.

Menos conhecidos, os dois nomes cotados no PT para substituir Lula têm desempenho fraco. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aparece com 2% e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner tem 1%. Se o PT lançar Fernando Haddad no lugar de Lula... Se o PT lançar Jaques Wagner no lugar de Lula...

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