Compra coletiva no atacado é saída para economizar
Produtos nas redes de atacado custam 7% menos; clientes estão dividindo as compras para se virar na crise
A comerciante Lilian Cancian, 41 anos, é cliente fiel do Maxxi Atacado, que pertence ao Walmart. Como tem uma pizzaria, ela faz compras duas vezes por semana na unidade de Diadema (Grande São Paulo), mas mantém a prática de comprar por atacado mesmo quando precisa de produtos para uso próprio. “Compro de tudo, principalmente leite condensado, creme de leite, chocolate, suco de caixinha e óleo”, afirma ela.
Como tem um cartão da loja e sempre está a par das ofertas, Lilian já levou produtos para os vizinhos e, com frequência, também divide os itens do carrinho com a família. “Quando a compra é para a família, faço questão de pagar tudo, mas quando reúno a vizinhança, pago no meu cartão (do Maxxi Atacado) e, depois, eles me dão o dinheiro”, explica.
A prática adotada por Lilian com vizinhos e familiares tem sido a saída que alguns brasileiros encontram para salvar o orçamento doméstico na crise. Segundo pesquisa da Kantar Worldpanel, as redes de atacado têm preços 7% menores.
Quem também se junta à família para garantir o desconto do atacado é a encarregada de recursos humanos Carolina Ferreira Balogh da Silva, 27 anos. “Costumo dividir com a minha mãe. Já fazemos isso há dois anos e vale muito a pena”, diz ela. “Recentemente, comprei um saco de sabão em pó de 7 kg e paguei cerca de R$ 25, mas já vi caixa de 1 kg da mesma marca por R$ 12 em um mercado varejista”, afirma.
Outros itens
Carolina não divide só produtos do dia a dia. Ela já fez compras maiores, que saíram bem mais em conta após partilhar. “Já comprei bancos de plástico, no atacado, por R$ 9 a unidade, e tinha visto o mesmo produto por R$ 22 em mercado convencional.” Outra vantagem, segundo a encarregada de RH, é adquirir produtos específicos. “Leite condensado da marca que eu gosto sai bem mais em conta no atacado.”