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Juro cai, mas taxa do cheque especial é alta

Análise feita pelo Banco Central mostra que juros desse tipo de crédito não caíram com Selic em baixa

- (FSP)

Um ano e quatro meses depois do início do corte dos juros pelo Banco Central, a taxa cobrada pelos bancos no cheque especial praticamen­te não saiu do lugar.

O comportame­nto foge à regra das demais linhas de crédito à pessoa física e também é atípico quando comparado às taxas do cheque especial em outros quatro ciclos de corte de juros analisados pelo BC desde 2002.

A instituiçã­o mergulhou nos dados históricos de crédito para investigar como os bancos estão repassando as quedas da taxa básica de juros (Selic) a consumidor­es e empresas. Nos últimos meses, ganharam corpo críticas de que as instituiçõ­es estão segurando essas quedas, o que teve como resultado taxas de mercado mais elevadas do que se poderia esperar com a Selic no piso histórico de 6,5% ao ano.

A conclusão do BC é que as taxas cederam com a Selic, menos a do cheque especial.

No caso dos juros do rotativo do cartão de crédito, quando o consumidor paga só o valor mínimo da fatura, o recuo só começou após a intervençã­o do Banco Central, em março de 2017, quando foi proibido que as dívidas fossem roladas sem limite, gerando um efeito bola de neve. Quem não consegue pagar após um mês é direcionad­o para uma linha de crédito mais barata.

A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) anunciou ação parecida para o cheque especial.

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