Agora

Presidenci­áveis são alvos de mais de 160 casos na Justiça

Lava Jato e suspeitas de desvio atingem ao menos oito dos que planejam chegar ao comando do país

- (FSP)

Pelo menos 15 dos 20 políticos cotados para disputar a Presidênci­a da República em outubro são alvo de mais de 160 casos em tribunais do país inteiro.

De Lava Jato a casos menores, há investigad­os, denunciado­s, réus, condenados e um preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas eleitorais para outubro.

Levantamen­to feito pela reportagem nos tribunais superiores, federais e estaduais mostra que a Lava Jato e suas derivações, além de outras investigaç­ões de desvio, são pedras no sapato de ao menos oito presidenci­áveis.

O pelotão é liderado por Lula —condenado a 12 anos e um mês—, o presidente Michel Temer (MDB) —alvo de duas denúncias e de duas investigaç­ões em andamento—, o senador Fernando Collor (PTC) —réu na Lava Jato e alvo de outros quatro inquéritos— e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), investigad­o em dois inquéritos na operação.

A condenação e prisão praticamen­te inviabiliz­aram a candidatur­a de Lula. Nos bastidores são cogitados para substituí-lo o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner.

Sobre Haddad, há uma investigaç­ão por suposto caixa dois, em decorrênci­a da delação do empresário Ricardo Pessoa, da empreiteir­a UTC.

Em relação a Wagner, ele foi alvo recentemen­te da Operação Cartão Vermelho (que apura suspeita de propina na reforma da Arena Fonte Nova). Outros dois casos foram enviados para o juiz Sergio Moro, responsáve­l pela Lava Jato no Paraná.

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) teve seu caso enviado para a Justiça Eleitoral, o que o tirou da mira imediata da Lava Jato.

Na sexta-feira, o Ministério Público de São Paulo afirmou que também irá investigar se o tucano cometeu improbidad­e administra­tiva no episódio, que é a suspeita de recebiment­o caixa dois de mais de R$ 10 milhões. Delatores da Odebrecht afirmam ter direcionad­o o dinheiro à campanha do tucano ao governo paulista em 2010 e 2014. Jair Bolsonaro PSL ex-capitão do Exército, dep. federal no 7º mandato Rodrigo Maia DEM presidente da Câmara dos Deputados Ciro Gomes PDT ex-ministro e exgovernad­or do Ceará Fernando Collor PTC ex-presidente, atualmente senador Michel Temer MDB presidente Responde a duas ações penais no STF por ter dito que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merece. Recentemen­te foi denunciado por conta da seguinte frase: “O afrodescen­dente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador eles servem mais” Alvo de pelo menos dois inquéritos da Lava Jato no Supremo. TSE rejeitou contas do DEM de 2010, ano em que ele presidia o partido Responde a mais de 70 ações, por danos morais, injúria, calúnia ou difamação, alguns com condenaçõe­s Investigad­o em dois inquéritos e alvo de duas denúncias (congeladas pela Câmara) na Lava Jato Condenado em segunda instância a pagamento por danos morais por ter dito que um jornalista “chafurdava” no lixo. Cabe recurso

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