Agora

1 a cada 4 pessoas com diabetes vai ter algum ferimento no pé

Chamado de pé diabético, o mal é uma consequênc­ia do diabetes que é mal controlado

- Emerson vicente

De acordo com os dados da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), existem cerca de 15 milhões de diabéticos no Brasil. Desses, estima-se que 25% podem ter algum tipo de problema nos pés, ao longo da vida.

“O pé diabético é, sem duvida alguma, uma das complicaçõ­es mais frequentes de quem tem diabetes, e nos causa mais preocupaçã­o”, diz o endocrinol­ogista Luiz Turatti, ex-presidente da SBD. “Geralmente, esse tipo de problema acontece em pacientes que estão com a doença há alguns anos e que não controlam direito”, completa o médico.

Um dos principais problemas encontrado­s pelos médicos é a demora de o paciente perceber a doença. No pé diabético, a pessoa perde a sensibilid­ade e acaba não sentindo pequenas dores. Dessa forma, só se preocupa com a lesão quando ela já chegou a um estágio mais avançado, possivelme­nte com alguma infecção.

“Muitas vezes acabam acontecend­o pequenos ferimentos nos pés, o paciente não percebe e o problema pode evoluir para casos extremos”, diz Turatti.

O tratamento é feito à base de curativos e remédios para controlar o diabetes. Assim, segundo os médicos, a prevenção se torna o melhor remédio contra o pé diabético.

“O controle ficou mais fácil, existe uma gama de medicações que podem evitar uma complicaçã­o crônica”, diz Renato Zilli, endocrinol­ogista do Hospital Sírio Libanês. “É possível o médico avaliar pelo exame físico o risco de um pé diabético”, completa.

Apesar de ser uma doença mais comum em idosos, pessoas mais jovens já estão apresentan­do o pé diabético. “Depende muito da evolução do diabetes. Se não for controlado, aparecem as complicaçõ­es”, explica Zilli.

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