Caso arquivado
Justiça não vê prova cabal de interferência externa na decisão do juiz de voltar pênalti na final do Paulistão
O TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo) arquivou o caso que investigava da final do Paulistão entre Palmeiras e Corinthians, em 8 de abril, e concluiu que não houve interferência externa na decisão da arbitragem. O relator Marcelo Monteiro considerou que “a tese de influência externa não ficou minimamente demonstrada” no caso.
Com a decisão pelo arquivamento, o inquérito está finalizado. Ainda cabe recurso, caso novos fatos sejam apresentados. Se isso acontecer uma nova investigação, no Pleno do TJD-SP, começa.
Na semana passada, pessoas envolvidas com a arbitragem foram ouvidas. Apesar de haver contradições nos relatos, Monteiro entendeu que elas “não foram consideradas determinantes” e “não estavam ligadas à indagação geral” sobre existir ou não interferência.
O Verdão reclama que o árbitro Marcelo Aparecido de Souza voltou atrás na marcação de um pênalti de Ralf, do Corinthians, em Dudu, do Palmeiras, após confusão generalizada em campo. Na briga, o alviverde alega ter havido interferência externa.
Carta na manga
No relatório feito por Monteiro, não houve qualquer menção aos documentos recolhidos pela Kroll, empresa de investigação contratada pelo Palmeiras no caso.
A Kroll flagrou através da análise de imagens Marcio Verri Brandão, um membro da comissão de arbitragem da FPF, à beira do gramado com um celular na mão, o que é contra a conduta ideal, como mostra o item b, do inciso 18, do artigo 24 do livro de regras da CBF.
O Palmeiras ainda não se pronunciou sobre o caso, mas com a investigação feita pela Kroll, deverá levar o caso adiante.