Cueva sem brilho
Antes considerado insubstituível para o Tricolor, peruano vira reserva e vê torcida questionar camisa 10
Cueva não é mais aquele jogador considerado essencial para o São Paulo. A torcida, que vive relação de amor e ódio com o jogador, já aprendeu a “viver sem ele”.
Na mesma proporção que era exaltado pelas atuações, assistências e gols no ano passado, o peruano foi bastante criticado após multas recebidas por atraso e falta de comprometimento.
Nesta temporada, ele perdeu espaço. Com a chegada de Nenê, justamente contratado pensando na saída do camisa 10 após a Copa, Cueva não tem atuado tanto.
A média de gols com relação a 2017 diminuiu, de 0,22 (45 jogos) para 0,18 (16 jogos). Caiu também a média de passes certos do jogador: 33,4 por partida para 30,5.
O único quesito em que Cueva melhorou de lá para cá foi em assistências. No ano passado, a média foi 0,24 (11 em 45 duelos); nesta temporada o número é 0,25 (4 em 16 duelos).
A torcida também já não faz mais grande campanha para que ele jogue. Os sãopaulinos, inclusive, querem que Nenê seja o camisa 10, pois vem tendo atuações mais convincentes.
Como disse o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, ao Agora ,osão Paulo já pensa em uma eventual saída do peruano após a Copa do Mundo da Rússia— conta como venda provável. O atleta de 26 anos tentou sair do Tricolor durante a prétemporada, em janeiro, mas o clube segurou e disse que ele ficaria pelo menos até o Mundial da Rússia.
Um dos motivos também para a queda de rendimento do meia-atacante é que, na maior parte das vezes, ele entra nas partidas como ponta-esquerda. Nessa função, precisa voltar com frequência para ajudar o lateral na marcação. Dessa maneira, se cansa rápido e não cumpre bem a tarefa.
Cueva se sente mais à vontade pelo meio. Porém, por ali, esbarra em ótimas atuações de Nenê, e, por isso, tem ficado no banco.