Dilema de Carille
Treinador quer usar Roger, mas sabe que não pode desmontar time alvinegro que vem dando resultado
Roger não é o centroavante dos sonhos, mas parece ser um homem de área em quem Fábio Carille confia. O problema é que o treinador ainda não está em condições de integrá-lo ao Corinthians da melhor maneira.
O atleta de 33 anos não estava à disposição ontem, contra o Vitória, por exemplo, porque já defendeu o Internacional na Copa do Brasil e não pode vestir outra camisa na competição. Na Taça Libertadores, só poderá ser inscrito caso a equipe confirme a classificação às oitavas de final.
Por isso, ainda que tenha a tentação de escalar o time com um camisa 9 típico no Campeonato Brasileiro, Carille sabe que não terá como repetir a formação nas outras competições. E uma delas, a disputa sul-americana, é a prioridade na temporada.
“Vou ter muito cuidado com isso porque, mexendo, talvez eu desmonte o esquema da Libertadores”, afirmou o técnico, que encontrou uma alternativa que tem dado certo, com o meia Rodriguinho fazendo o papel de atacante mais avançado.
“Desde a primeira vez em que escalei o time assim, ficamos muito satisfeitos. Foi acima do esperado já no início, o entendimento foi ótimo. Mas a chegada do Roger dá uma opção a mais. Podemos segurar o Jadson ou o Rodriguinho em algum jogo”, explicou Carille.
A ideia do comandante é manter a engrenagem atual, utilizando um centroavante em situações específicas. Só na pausa do calendário para a disputa da Copa do Mundo ele avaliará o melhor para a sequência, já com Roger inscrito, imagina-se, no matamata da Libertadores, que terá início em agosto.