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Coreias de mãos dadas

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Correu o mundo a imagem dos líderes das Coreias do Norte e do Sul, de mãos dadas e atravessan­do juntos a linha que demarca a fronteira entre os países, no histórico encontro ocorrido nesta sexta-feira (27).

A cena é o símbolo de uma reaproxima­ção. Antigament­e, só havia uma Coreia, mas, em 1953, na época da Guerra Fria (entre os países comunistas e os capitalist­as), os dois lados se dividiram e nunca encerraram oficialmen­te o conflito.

Dá para entender, então, a importânci­a do que houve agora: o ditador Kim Jong-un foi o primeiro dirigente norte-coreano a pisar no solo do vizinho em 65 anos.

Ele e o presidente sul-coreano, Moon Jaein, assinaram um documento em que prometem buscar um acordo definitivo de paz e se livrar das armas nucleares.

A ditadura de Kim preocupa os países do Ocidente porque já fez vários testes atômicos. O último deles ocorreu há apenas cinco meses, e o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a dizer que poderia “destruir completame­nte” a Coreia do Norte.

O líder da Coreia do Sul foi fundamenta­l para diminuir essa tensão. A convite dele, uma delegação de atletas do Norte participou da Olimpíada de Inverno em fevereiro, numa cidade sul-coreana. Esse evento ajudou a acelerar as conversas.

Mas ainda não dá para confiar 100% no governo norte-coreano. No passado, o pai do atual ditador também se reuniu com a Coreia do Sul, e o encontro não deu em nada.

Além disso, não ficou claro ainda por que Kim Jong-un teria interesse em ficar sem armas nucleares, já que isso é que o faz ter poder para o restante do mundo.

Ele deve se reunir com Trump nas próximas semanas, e aí já vai ser possível ter uma ideia se quer negociar a paz de verdade.

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