Andrés desafia Palmeiras
Cartola critica atuação de Maurício Galiotte e lhe mostra “caminho das pedras” para o sucesso no futebol
Presidente do Corinthians ironiza rival, expõe finanças e promete brigar por Gil
Animado pelo banimento de Marco Polo Del Nero do futebol, Andrés Sanchez apareceu para conceder entrevista ontem, no CT do Corinthians. E acabou falando mais sobre o Palmeiras do que sobre o desafeto que presidia a CBF.
O presidente alvinegro ficou claramente satisfeito quando surgiu o nome do clube alviverde. E não surpreendeu ao ironizar a tentativa do rival de anular a decisão do Campeonato Paulista por suposta interferência externa na arbitragem.
“Preocupação com impugnação? Se impugnarem, eles vão jogar sozinhos: um treino leve, reservas contra titulares. Se eu fosse presidente do Palmeiras, iria à Justiça comum, à Justiça federal. O chororô é livre. Manda fazer um futebol melhor”, afirmou o cartola preto e branco.
Andrés, então, passou a descrever o que chamou de “caminho das pedras” para o sucesso do adversário. Ele criticou a gestão das finanças feita pelo presidente verde, Maurício Galiotte.
“Ofereceram para o Goulart R$ 1,5 milhão por mês e R$ 50 mil por jogo”, disse, referindo-se ao atacante Ricardo Goulart, hoje na China. “É isso o que faz perder campeonato. Mas eles acham que não. Os engenheiros da sabedoria do futebol, lá, acham que têm que tocar.”
Não foi a única menção do cartola à desigualdade dos salários do Palmeiras. Ele se mostrou disposto a alimentar a insatisfação do atacante Dudu, algo que já havia tentado anteriormente.
“O que eles têm que aprender é que não adianta pagar R$ 1 milhão para um jogador e deixar outro ganhar R$ 400 mil, R$ 500 mil, sendo o capitão do time. Não adianta pôr um jogador que, só por entrar em campo, ganha de R$ 25 mil a R$ 30 mil por jogo”, sorriu.
Luta por Gil
É péssima a situação financeira do Corinthians (leia abaixo). Mas, para expor o interesse do Palmeiras em Gil, que vestiu preto e branco entre 2013 e 2015, Andrés prometeu lutar pelo retorno do zagueiro de 30 anos.
“Com essa oferta que estão fazendo agora, o Gil não vem. Não tenho banco por trás, mas estou na briga”, disse o presidente alvinegro.
“Estou bem de zagueiro, mas tem que pensar em enfraquecer o adversário também. Se o Gil estiver disponível para o Brasil, o Palmeiras vai ter que aumentar a oferta. E bastante”, concluiu.