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Candidatos evitam 1º de Maio ‘com medo de vaiia’’

Segundo Paulinho da Força, presidenci­áveis não foram; só Aldo, Paulo de Castro e Manuela participar­am

- Larissa quintino (com FSP)

“Com medo de vaia”, segundo Paulinho da Força Sindical, os quase dez précandida­tos à Presidênci­a convidados para a festa do Dia do Trabalho da central não apareceram. Apenas Manuela D’ávila (PCDOB), Aldo Rebelo (Solidaried­ade) e Paulo Rabello de Castro (PSC) estiveram presentes no ato.

Pedindo políticas para a geração do emprego, os précandida­tos presentes demostrara­m pessimismo com a atual situação do país.

A deputada federal Manuela D’ávila pediu a revogação da reforma trabalhist­a, que, para ela, “retira direitos dos trabalhado­res, paga menos e faz com que trabalhem muito mais”.

Ex-ministro dos Esportes do governo Lula, Ciência e Tecnologia e Defesa no governo Dilma, Aldo Rabelo, afirmou que a geração de emprego não deve ser promessa de campanha e sim “obrigação de quem governa”, já que o “desemprego é o desespero da alma”.

Referindo-se ao desabament­o do prédio na região central da capital, Paulo Rabello de Castro (PSC) disse que “foi a República do Brasil que desabou em cima do trabalhado­r e da trabalhado­ra brasileira”.

O último dado divulgado pelo IBGE na semana passada mostra que o país tem cerca de 13,7 milhões de desemprega­dos. “Nós chamamos todo mundo aqui para ver se eles se compromete­m com o povo, mas parece que o pessoal ficou meio com medo”, disse Paulinho.

Além dos três pré-candidatos presentes, também devem concorrer à Presidênci­a Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL), Rodrigo Maia (DEM), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Afif Domingos (PSD) e Joaquim Barbosa (PSB).

O governador do estado, Márcio França (PSB), havia confirmado presença, mas cancelou a agenda por causa do desabament­o no centro. O prefeito Bruno Covas (PSDB) passou no evento pela manhã para comunicar que não participar­ia, também por causa do desabament­o.

Paulinho disse que as centrais sindicais pretendem ouvir todos os candidatos para saber, além da proposta de empregos, o que pretendem fazer sobre as reformas da Previdênci­a e trabalhist­a. A mudança no INSS, que pretendiam fixar idade mínima na aposentado­ria, foi engavetada. Já a reforma trabalhist­a está valendo desde novembro e foi ela que acabou com o imposto sindical obrigatóri­o, diminuindo a festa das centrais.

 ?? Rivaldo Gomes/folhapress ?? Festa da Força Sindical na praça Campo de Bagatelle, na zona norte, contou com 500 mil pessoas ontem; só três dos dez pré-candidatos comparecer­am ao ato
Rivaldo Gomes/folhapress Festa da Força Sindical na praça Campo de Bagatelle, na zona norte, contou com 500 mil pessoas ontem; só três dos dez pré-candidatos comparecer­am ao ato

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