Apoio a Lula motiva ato da CUT no centro
A libertação do ex-presidente Lula (PT) era a principal motivação declarada pelo público que compareceu ontem ao ato de 1º de Maio organizado por CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e Intersindical na praça da República (região central). Nos depoimentos dos participantes, conquistas pessoais atribuídas a políticas de inclusão social do governo petista justificavam o apoio.
O vendedor de açaí Omar Campos, 40 anos, afirma ter conseguido a sua graduação no curso de engenharia civil devido a uma bolsa obtida pelo Prouni (Programa Universidade Para Todos). “Quando concluí o curso, no ano passado, a mensalidade da faculdade era R$ 2.000, mas eu não ganho isso por mês vendendo açaí”, comentou Campos, que ainda vive do comércio ambulante. “Com essa crise, não tem emprego para engenheiro.”
Nascida em Poção das Pedras, no Maranhão, a coordenadora pedagógica Luiza Lima, 54 anos, afirmou que programas da gestão petista, como o Bolsa Família, são responsáveis por acabar com a fome em sua cidade natal. “Precisei vir para São Paulo porque não era possível sobreviver onde nasci”, diz. “Quando voltei lá, 21 anos depois, as pessoas já não estavam mais passando fome.”
Para a advogada Cassandra Hypólito, 55 anos, a liberdade de Lula é uma questão de Justiça. “Não sou filiada a partido nenhum, apenas acho injusto que outros políticos, como os do PSDB, não estejam presos”, reclama. “Se é para prender, que prendam todos”, diz.