Sindicalistas culpam governo por incêndio
O desabamento de um prédio ocupado por famílias sem moradia no largo do Paissandu (região central), na manhã de ontem, serviu de pano de fundo para críticas à política econômica e social do governo Michel Temer (MDB) pelos sindicalistas e políticos que participavam do 1º de Maio na praça da República, a cerca de 800 metros do incidente que matou um homem.
No palanque do evento, a pré-candidata do PCDOB, Manuela D’ávila, afirmou que a culpa do incêndio do prédio, ocupado por movimentos de sem-teto, é do estado. “A culpa, quando existe um trabalhador que não tem teto e ocupa um ambiente completamente desfavorável, é do estado.”
Manuela criticou medidas adotadas durante o governo Temer que reduzem a capacidade de investimento em políticas sociais, como a aprovação da emenda constitucional 95, que cria um teto de gastos públicos.
O presidente da CUT em São Paulo, Douglas Izzo, criticou também o governador Márcio França (PSB). Mais cedo, França havia dito que morar em prédios invadidos é “procurar encrenca.” Ele também afirmou que dará apoio à prefeitura para o acolhimento das famílias.
O dirigente da CUT reclamou ainda da falta de políticas de habitação popular da prefeitura da capital, comandada por Bruno Covas (PSDB) desde o início de abril, quando o tucano João Doria renunciou para disputar a eleição ao governo.
LEIA MAIS
sobre o incêndio no prédio nas páginas A3 a A6