O dono do meio
Contratado para ser reserva de Cueva, o meia Nenê conquista seu espaço e domina a criação do Tricolor
Quando anunciado pelo São Paulo no final de janeiro, o jogador de 36 anos não era unanimidade entre os torcedores. Nenê não foi um pedido específico do treinador Dorival Júnior, mas uma ótima oportunidade de mercado para a diretoria tricolor.
O jogador pediu contrato de dois anos, ou seja, até o fim de 2019, com possibilidade de prorrogar por mais um —até pela idade atual.
Inicialmente, Nenê era tido como um substituto para o meia-atacante Cueva, que planeja sair depois da Copa.
Mas o jogo virou. Quando o camisa 10 foi para a seleção peruana, o camisa 7 assumiu o posto e deu resultado.
Com Dorival Júnior, o meia era escalado como ponta e disse não ter pique para marcar e atacar. Após a chegada de Diego Aguirre, Nenê começou a jogar mais na sua posição e tem sido um dos melhores do time.
Ele é quem mais finaliza a gol: são 16 chutes certos, 21 errados, para quatro gols anotados (em cima do CSAAL, do Bragantino, do Corinthians na semifinal do Paulistão, e do Atlético-pr pela Copa do Brasil). O que a torcida mais gosta no ex-vascaíno é que, pelo menos, ele arrisca, já que, anteriormente, o Tricolor quase não chutava na meta adversária.
Não tem lance perdido para Nenê. É o mais caçado em campo e joga por todos os lados. Além da qualidade em jogadas de bola parada.
Fora de campo, ele é um dos líderes do elenco. Constantemente orienta os garotos nos treinamentos e participa das chamadas resenhas.
O apoio da torcida é tanto que ela pede para ele ser o camisa 10, e não Cueva.