Dodge pede prorrogação de inquérito
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, concordou com a prorrogação, por mais 60 dias, do inquérito sobre o decreto dos portos, que apura o possível envolvimento do presidente Michel Temer em corrupção e lavagem de dinheiro.
O parecer da procuradora foi motivado por pedido da Polícia Federal, que afirma ser necessário mais tempo para concluir as diligências em andamento. O documento será agora enviado ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, que decidirá se estica ou não o período.
A PF ainda não terminou a análise das quebras de sigilo bancárias e fiscais dos envolvidos no caso. Entre eles estão o coronel João Batista Lima Filho e o advogado José Yunes, amigos de Temer.
Ainda estão sendo colhidos depoimentos considerados importantes para o desfecho das apurações.
Anteontem, foi ouvida em São Paulo uma das filhas do presidente, Maristela Temer, cuja casa foi reformada com o apoio do coronel e de sua mulher, Maria Rita Fratezi. A reportagem mostrou que parte das despesas da obra foi paga em dinheiro vivo diretamente por Fratezi.
O presidente Michel Temer atribui as investigações a uma investida de setores oposicionistas.