Justiça rejeita impugnação
O presidente do TJD-SP, Antônio Olim, negou ontem o pedido de impugnação da final do Paulistão feito pelo Palmeiras. Em despacho, ele alegou que o clube não cumpriu o prazo de dois dias para entrar com a petição, extinguindo o processo sem o julgamento do mérito.
Com essa decisão, o Palmeiras não tem mais recursos no TJD, mas já adiantou que vai recorrer ao STJD, órgão de instância superior e que está vinculado à CBF.
A interpretação de Olim, porém, é que não cabe recurso a mais nenhum tribunal esportivo, porque o Palmeiras já teria perdido o prazo. Segundo ele, o clube teria que ter entrado com o pedido de impugnação até 10 de abril, dois dias depois da final contra o Corinthians, mas só o fez em 25 de abril.
O alviverde argumenta que o inquérito instaurado no TJD para apurar se houve interferência externa na arbitragem interrompeu a contagem do prazo. Assim, o clube teria agido em tempo hábil para pedir a impugnação.
No despacho, Olim fez questão de rebater a posição do clube, dizendo que “a instauração de inquérito não tem o condão de interromper o prazo decadencial constante no art. 85 do CBJD”.
Posição mantida
Denunciado pelo TJD-SP por chamar o Estadual de “Paulistinha”, o presidente alviverde manteve a sua posição e falou que não vai comparecer ao julgamento marcado para segunda.
“Falei Paulistinha e mantenho a minha posição. Aquilo que ocorreu naquele jogou perdeu a credibilidade”, reclamou o presidente para a Fox Sports. “A forma como o TJD atua neste caso é curiosa. Não denunciou a interferência externa, não denunciou os membros da arbitragem por inúmeras infrações. Foram fatos comprovados por fotos e vídeos. Aí o tribunal encerra o inquérito em sete dias, com várias evidências e contradições”, finalizou.