Airbags exigem cuidados para não ferir passageiros
O airbag de um carro abre cinco vezes mais rápido do que um piscar de olhos. Tudo acontece em cerca de 60 milésimos de segundo: uma central eletrônica detecta o impacto, um sinal é enviado ao deflagrador e uma reação química infla a bolsa.
A bolsa de náilon rompe a tampa do volante ou do painel a cerca de 300 quilômetros por hora. A velocidade é essencial para que o airbag receba a tempo o corpo do ocupante assim que ele é projetado para frente em uma colisão. A rapidez do equipamento pode salvar vidas, mas também causar lesões sérias nas pessoas que estão dentro do veículo, caso elas não estejam posicionadas da forma correta.
Um dos maiores perigos para o passageiro é andar com o pé em cima do painel. Se a bolsa for acionada em um acidente, a perna dele pode dobrar para trás e ser lançada contra seu rosto.
Objetos sobre o painel, como suportes para celular, também podem ser arremessados com violência. Por isso, nada deve ser colocado sobre a peça com a inscrição “Airbag”, que indica a área a ser rompida pela bolsa.
O caminho entre o airbag e o ocupante deve ficar sempre livre. Segurar um cachorro no colo, por exemplo, põe em risco tanto a vida do animal quanto a do dono.
O cuidado mais importante, claro, é usar o cinto, que retém o motorista ou o passageiro e o deixa na posição correta para atingir a bolsa. Sem o cinto, o corpo desliza no banco e o airbag pode ser aberto diretamente no rosto da pessoa. Para evitar receber uma pancada, o motorista deve ficar a, no mínimo, 25 centímetros do volante.
Crianças de até dez anos só podem andar no assento dianteiro se não houver outra opção. Nesse caso, o recomendado é desativar o equipamento.