Menos um na corrida
Primeiro, a grande aposta em uma novidade na eleição presidencial deste ano era o apresentador de TV Luciano Huck.
Depois, veio Joaquim Barbosa, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal que ficou famoso no julgamento do mensalão.
Ele chegou a se filiar ao PSB em abril e marcava até 10% no Datafolha. Com isso, deixou todo o mundo político de cabelo em pé.
Só que Barbosa, como Huck, alegou motivos pessoais para desistir da candidatura, nesta terça-feira (8).
Por vários motivos, o magistrado seria um concorrente forte: negro, de origem humilde, subiu na vida por esforço próprio e teve atuação importante no combate à corrupção.
Com esse perfil, poderia atrair votos de muita gente diferente.
Mas não tinha experiência de governo, nem de Legislativo, nem de campanha. Como os brasileiros já viram muitas vezes, isso é um perigo.
Por outros motivos, é provável que mais presidenciáveis abandonem a corrida até 15 de agosto, prazo final para o registro na Justiça Eleitoral.
Como a grana está curta, muitos partidos vão dar preferência às eleições para o Congresso. Manter um candidato fraco ao Planalto significa jogar dinheiro fora.
É bom lembrar também que o próximo governo já vai começar no sufoco, precisando tapar o rombo no Orçamento. Sem negociar uma aliança grande, não será possível votar nada.
Como os eleitores estão na bronca com os políticos, a eleição deste ano continua imprevisível. Mesmo assim, não é uma disputa para qualquer um.