Trump anuncia saída dos EUA do acordo nuclear com Iirrã
Americano ignora os apelos de aliados da Europa e diz que seu país retomará sanções contra os iranianos
O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou ontem a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, ignorando os apelos dos aliados europeus para que o pacto fosse mantido. Em discurso, o mandatário americano afirmou ainda que retomará as sanções contra o Irã, “instituindo o mais alto nível de sanções econômicas”.
Em seu discurso, Trump acusou o Irã de apoiar terroristas e milícias, como o Hezbollah, o Hamas, o Taleban e a Al-qaeda.
“Temos provas de que o Irã mentiu e seguiu com o seu programa nuclear bélico”, disse Trump. “Este é um acordo horrível, unilateral, que nunca deveria ter sido feito. Não trouxe calma, não trouxe paz e nunca trará.”
“Está claro para mim que não temos como impedir que o Irã tenha uma bomba nuclear com a estrutura podre e deteriorada do atual acordo”, disse. “Os Estados Unidos não fazem mais ameaças vazias. Quando faço promessas, eu cumpro.”
Trump não detalhou quais serão as sanções e nem como elas serão aplicadas.
Reações
Minutos depois de Trump anunciar a saída do acordo nuclear com o Irã, o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que França, Alemanha e Reino Unido lamentam a decisão dos Estados Unidos.
Em uma nota conjunta com Macron, a primeira-ministra britânica, Theresa May, e a chanceler alemã, Angela Merkel, manifestaram preocupações com a decisão de Trump e reiteraram seus compromissos com a continuidade do acordo nuclear.
A Rússia, também signatária do acordo com o Irã, afirmou que está “desapontada como esteve antes, por isso não há surpresas”.
A China, maior compradora do petróleo iraniano, também deve manter o acordo. “A China continuará em contato próximo com todas as partes relevantes”, disse comunicado de Pequim.