Agora

Bolsa Família sem medo

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Na eleição passada, muita gente espalhava o boato de que o Bolsa Família ia acabar se o PT deixasse o poder. Esse terrorismo deve sair de cena neste ano.

O programa, criado em 2003, há dois anos está sendo gerido pelo governo Michel Temer (MDB). Poucos dias atrás, houve o segundo reajuste dos benefícios nesse período.

O valor médio passou de R$ 177,71 para R$ 187,79. Dá um aumento de 5,7%, que correspond­e à inflação acumulada desde a correção anterior, em 2016.

Nenhum pré-candidato importante à Presidênci­a fala em acabar com o Bolsa Família. Mesmo Jair Bolsonaro (PSL), que já criticou muito esse tipo de assistênci­a social, prefere falar em apenas ajustar as regras.

Pudera: são 13,7 milhões de famílias atendidas, o que equivale a quase um quarto da população. É gente suficiente para decidir uma eleição.

Já que o programa veio para ficar, é importante que funcione melhor. Um bom começo é deixar de ser marca de um partido.

Sempre será preciso fiscalizar os casos de fraude e recebiment­o indevido. Os beneficiár­ios também devem ser incentivad­os a não depender para sempre dessa ajuda.

Para isso, claro, é necessário que a economia se recupere, com mais vagas no mercado de trabalho.

Outra boa providênci­a seria criar alguma regra pública para a correção das bolsas. Senão, periga o governo só lembrar disso nos anos de eleição.

O programa tem o mérito de socorrer pobres e miseráveis, que ainda são muitos no Brasil. Esse pessoal precisa votar sem medo.

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