Polícia identifica restos mortais de segunda vítima de desabamento
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) confirmou ontem a identificação de mais uma vítima do desabamento do prédio Wilton Paes de Almeida, na região central de São Paulo. Trata-se do confeiteiro Francisco Lemos Dantas, 56, considerado desaparecido desde a tragédia.
Segundo a pasta, Dantas estava entre os remanescentes humanos encontrados na última quarta. O IMI (Instituto Médico Legal) disse serem de três pessoas diferentes —um adulto e duas crianças.
Além dele, já foi reconhecido o corpo de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, conhecido como Tatuagem. Três restos mortais continuam sem identificação. Ontem à tarde, mais ossos foram encontrados, mas não se sabe se são de um humano.
Segundo a SSP, seis pessoas são consideradas desaparecidas. Os bombeiros já descartaram a possibilidade de achar algum sobrevivente sob os escombros.
A identificação dos corpos começa no momento em que os bombeiros identificam algum sinal de que pode haver um corpo nos escombros.
O uso de maquinário pesado é suspenso e se dá início a uma busca manual, diz o tenente André Elias, dos Bombeiros. Se algum resto mortal é achado, a Polícia Científica isola e fotografa a área antes que os bombeiros coloquem o material em sacos plásticos lacrados.
Os corpos são então levados ao IML (Instituto Médicolegal). Se estão mais preservados, a identificação pode ser feita por reconhecimento facial ou por impressões digitais. Se não, são levados ao Núcleo de Antropologia, para identificar características das vítimas, como sinais e a arcada dentária.
Ainda é possível descobrir o sexo e a idade da vítima a partir das ossadas ou fazer uma análise de DNA, que mostra se o fragmento é de homem ou mulher.