Mãe PM que matou ladrão afirma que defendeu vidas
Cabo atirou em suspeito na porta de escola. “Nós, policiais, somos preparados para isso”, disse
A policial militar Katia da Silva Sastre, 42 anos, que anteontem reagiu a um assalto e matou um ladrão na porta de uma escola em Suzano (Grande São Paulo), disse que considerava recompensador saber que não houve mais vítimas durante a tentativa de assalto.
“É gratificante por ter salvado vidas, porque a gente não sabe como seria o decorrer disso. É para isso que estamos nessa profissão, para defender as vidas, e foi o que eu fiz”, disse Katia, que é cabo e está na PM há 20 anos. Ontem, ela foi homenageada pelo governador Márcio França (PSB).
Katia, a filha de 7 anos, outras famílias e funcionários estavam na porta da escola particular Ferreira Master, na manhã de sábado, esperando o início da festa de Dia das Mães, quando um suspeito, com um revólver calibre 38, anunciou o assalto.
Enquanto ele revistava um funcionário da escola, a policial sacou sua pistola e o atingiu com tiros no peito e na perna. O homem, então, caiu de costas na rua, soltando a arma na sequência. Katia foi até ele, virando-o de bruços com o pé e rendendo-o. O suspeito morreu.
Reação
A cabo disse que não sabia se a reação do assaltante seria atirar nas crianças ou nos adultos que estavam no local. “Então decidi defender as mães, as crianças, a minha própria vida e a da minha filha”, disse. “Na hora eu pensei que tinha que ter atitude. Nós, policiais, somos preparados para isso.”
Ela é mãe de duas meninas —a mais velha que estava com ela. “A minha preocupação, no momento, foi que a minha intervenção fosse de maneira mais próxima a ele para que não houvesse risco de machucar outras pessoas, porque havia crianças correndo”, disse.