Agora

Grupo invade casas em terreno da prefeitura

- (TB)

Um terreno que abrigava 12 casas na Vila Campestre (zona sul de São Paulo), e começou a ser desapropri­ado pela Prefeitura de São Paulo em 2016, foi ocupado no começo de maio. A justificat­iva para a desapropri­ação, segundo os moradores do bairro, era de que seria construído ali um viaduto que faria parte de um parque linear.

Mas, além de não ter dado início às obras, segundo eles, as casas vazias foram ocupadas e a situação traz preocupaçã­o para a vizinhança.

“Hoje são três, quatro famílias ali, entre 10 e 15 pessoas, Mas onde isso vai parar? Tenho medo que ali vire uma favela”, relata uma moradora da rua Camilo Carrera, que preferiu não se identifica­r por medo de represália­s dos invasores.

Os moradores dizem já ter chamado a polícia para resolver a questão. Mas de acordo com eles, os invasores falaram que só sairiam do terreno com ordem judicial.

Ainda de acordo com os moradores, a Eletropaul­o cortou, ontem, ligações elétricas clandestin­as feitas pelos invasores. Mas esta foi a única medida tomada pelo poder público até agora, afirmam os moradores.

Quem morava na rua e teve a casa desapropri­ada, reclama da falta de cuidado da prefeitura na hora da negociação para deixar o imóvel.

“Eles quase acabaram com a nossa vida. A prefeitura disse que ia jogar as nossas coisas no caminhão se a gente não fosse embora dali. Quase morro do coração”, reclama o comerciant­e Aloísio Godói, 68. Ele diz que mora naquela rua desde que nasceu, mas não quer mais saber de lá. “Podem colocar fogo naquele ali de tanta maldade que fizeram comigo”, diz Aloísio, que deixou o local no fim de 2017. Com o dinheiro da desapropri­ação, comprou uma casa no Parque Jabaquara (zona sul).

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Rivaldo Gomes/folhapress Entrada do terreno ocupado no início de maio na Vila Campestre (zona sul), com 12 casas; moradores dizem temer por falta de segurança na região

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