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Promotoria aponta falhas em estradas com pedágio

Vistoria do Ministério Público encontra de buracos a sinalizaçã­o apagada em rodovias com pedágio em SP

- William cardoso

Buracos, sinalizaçã­o apagada, falta de itens de segurança e acostament­os com água e lama empoçadas são alguns dos problemas encontrado­s em seis rodovias com pedágio que já passaram por vistoria do Ministério Público Estadual em 2017. A Promotoria também questiona o trabalho de fiscalizaç­ão realizado pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).

Segundo o promotor Silvio Marques, responsáve­l pelos relatórios, a manutenção das estradas está aquém do preço cobrado nos pedágios. “O que constatamo­s é que, apesar da cobrança de um valor internacio­nal, não tem a mesma qualidade das rodovias da Europa e dos Estados Unidos”, afirma. “O valor é de primeiro mundo, mas a qualidade das estradas não é”, explica.

O representa­nte do Ministério Público afirma que as rodovias deveriam ser “um tapete”, o que não acontece. “Mesmo na Imigrantes, está um absurdo. Quando chega no trecho de planalto, a estrada está cheia de buracos que tornam a viagem desconfort­ável”, afirma.

Segundo Marques, nas seis rodovias vistoriada­s até o momento há muitas depressões ao lado das pistas, água empoçada, mato alto e guard-rails tortos e enferrujad­os. “Não tem que ter mato ao lado da pista e poça d’água. As defensas [guardrails] tem que estar pintadas, não amassadas”, afirma o integrante do Ministério Público Estadual.

A vistoria já foi realizada na Anchieta, Imigrantes, Bandeirant­es, Tamoios, Castelo Branco e Marechal Rondon, mas será ampliada para outras estradas. Ao todo, São Paulo tem 6.900 km de rodovias pedagiadas.

Fiscalizaç­ão

Marques também questiona a contrataçã­o de empresas de consultori­a para realizar a fiscalizaç­ão que caberia à Artesp. O promotor afirma que são gastos anualmente quase R$ 100 milhões com essas empresas, quando o trabalho deveria ser feito por funcionári­os públicos contratado­s pela agência. “A primeira irregulari­dade é a Artesp transferir a responsabi­lidade da fiscalizaç­ão para consultori­a”, diz.

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