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25 de Março põe à venda o que encalhou após o 7 a

Vexame da seleção brasileira na Copa passada afetou o comércio. Vendedores tentam se recuperar

- Luciano cavenagui

Os comerciant­es da região da rua 25 de Março estão vendendo enfeites e acessórios encalhados na Copa de 2014. Por conta da vexatória derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha, foi vendido apenas 60% do esperado e muita coisa sobrou. Os produtos vendidos agora são basicament­e os mesmos de quatro anos atrás.

“A gente esperava um movimento muito grande em 2014, pela competição ser no nosso país e haver a expectativ­a do título. Mas as vendas foram bem menores. A eliminação vergonhosa pela Alemanha ajudou a piorar essa situação. Estamos colocando o que sobrou para desencalha­r”, diz o comerciant­e Pierre Sfeir, 63 anos, dono de uma rede de lojas especializ­ada em fantasias e enfeites, na ladeira Porto Geral.

“Neste ano, as vendas começaram a animar após a convocação do Tite [dia 14]. Temos esperança que seja bem melhor do que na Copa passada e que a seleção chegue até a final”, contou Sfeir.

“Estamos vendendo o que é mais tradiciona­l mesmo: bandeirinh­as, perucas, vuvuzelas, chapéus e cartolas. Sobrou muita coisa também da Olimpíada de 2016. Guardamos para tentar vender agora”, diz Marcos Augusto, 30 anos, gerente da loja Millor Fantasias.

A corretora de seguros Larissa Soares, 30 anos, moradora de Ribeirão Preto (313 km de SP) aproveitou sua estadia em São Paulo para visitar o centro de compras.

“Comprei perucas, bandeirinh­as, vários enfeites de mesa. Vamos acompanhar os jogos do Brasil em casa e queremos nos divertir.”

A auxiliar administra­tiva Marta Gomes da Silva, 39 anos, moradora do Jaguaré (zona oeste), mostrou empolgação. “Vamos esquecer o 7 a 1 e dar boas vibrações agora para a nossa seleção. Minha casa vai ficar tudo em verde e amarelo.”

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Rubens Cavallari/folhapress Fernanda Barbosa tira uma foto do marido, Richard Curcovezki, entre as vendedoras de loja de fantasias na região da rua 25 de Março (centro); produtos que encalharam na Copa de 2014 voltaram às prateleira­s

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