Queda de avião mata mais de 100 pessoas em Havana
Aeronave caiu logo após a decolagem; jornal oficial cubano disse que 3 mulheres foram socorridas
Mais de cem pessoas morreram após a queda de um avião ontem em Havana.
A aeronave caiu às 12h08 (13h08 de Brasília), instantes após decolar do Aeroporto Internacional José Martí, na capital cubana.
“As notícias não são nada promissoras, parece que há um grande número de vítimas”, disse o líder da ditadura cubana, Miguel Díazcanel, que se dirigiu ao local do acidente.
O número exato de vítimas não era conhecido até a conclusão desta edição. Inicialmente, Díaz-canel disse que o voo tinha 113 ocupantes —104 passageiros e nove tripulantes —, mas o jornal oficial Granma informou que eram 105, com ao menos cinco crianças.
A publicação também informou que as três sobreviventes, todas mulheres, estavam em estado crítico.
Uma quarta pessoa, um homem, morreu ao chegar no Hospital Universitário General Calixto García, onde todos estão sendo tratados.
“Ela está viva, mas muito queimada e inchada”, disse o parente de uma sobrevivente, no hospital.
“Minha filha tem 24 anos. Meu Deus, ela tem só 24 anos”, disse Beatriz Pantoja, cuja filha Leticia estava a bordo do avião.
Investigação
Díaz-canel afirmou no início da noite (horário de Brasília) que o incêndio provocado após a queda havia sido apagado e que autoridades davam início à identificação das vítimas. As causas do acidente estão sendo investigadas.
A aeronave caiu em uma área rural entre as cidades de Boyeros e Santiago de Las Vegas, nas proximidades do Terminal 1 do aeroporto.
Destroços ficaram espalhados por uma área de 20 km ao sul de Havana.
O destino do voo era a cidade de Holguín, cerca de 700 km a leste de Havana, balneário famoso por suas praias com águas cristalinas.
“Ouvimos uma explosão e então vimos uma grande nuvem de fumaça”, afirmou Gilberto Menendez, dono de um restaurante próximo ao local do acidente.