O novo xodó de Tite
Apesar de ser o mais novo da seleção na Copa, Gabriel Jesus será o capitão contra a Croácia, no dia 3
O atacante Gabriel Jesus virou xodó de Tite na seleção. A colegas e ao estafe da equipe brasileira, o treinador costuma ressaltar os princípios que o atacante carrega, frutos do jeito que foi criado pela mãe, Vera Lúcia.
Tite costuma citar que o apoio familiar, já que costuma ter sempre por perto a mãe e o irmão Felipe, de 27 anos, além dos amigos, foi fundamental para Gabriel Jesus se ambientar tão rapidamente à seleção brasileira e ao Manchester City.
A confiança fez o treinador anunciar com antecipação que o camisa 9 será o capitão no amistoso contra a Croácia, marcado para o dia 3 em Liverpool. É a primeira vez que o atacante de 21 anos usará a faixa pela seleção.
Ele é o artilheiro da era Tite com nove gols —dois a mais que o atacante Neymar e o volante Paulinho.
Não é apenas Tite que elogia Gabriel Jesus. Marcelo Oliveira e Cuca, ex-treinadores do atleta quando estava no Palmeiras, também seguem a mesma linha.
“O Gabriel Jesus tem um comprometimento, uma humildade muito grande em querer aprender. Lembro que após os treinos ele queria participar com os reservas de atividades para evoluir o cabeceio e a finalização com o pé esquerdo. Eu o cobrava muito porque ele queria ajeitar com a canhota para finalizar com a direita”, disse Marcelo Oliveira, que o dirigiu no Palmeiras entre os anos de 2015 e 2016.
“Ele foi imprescindível na campanha do título brasileiro. É um jogador diferenciado, com muita vontade de treinar. Tinha até que pedir para ele diminuir um pouco a intensidade nos treinamentos”, contou Cuca.
Tostão, o camisa 9 da seleção brasileira no tricampeonato mundial, em 1970, vê o atacante “com todas as características que um ótimo jogador da posição precisa ter”. Ele, porém, faz uma ressalva e diz que falta mais habilidade para o atleta jogar fora da área.
Garoto de respeito
Gabriel Jesus mora no Jardim Peri desde 2001. Ele vivia no local com os três irmãos, Caíque, Felipe e Emanuelle. O pai abandonou a família quando o atacante ainda era pequeno.
Ele é a principal referência do bairro e respeitado até por torcedores rivais do Palmeiras. Antes de se transferir para o City, foi convidado pela Fiel Peri, braço da corintiana Gaviões da Fiel, para participar de um evento do Dia das Crianças.