Agora

Preços sobem em feiras e combustíve­is acabam

- (FSP)

O governo Michel Temer (MDB) autorizou ontem o uso das Forças Armadas para liberar estradas do país bloqueadas por caminhonei­ros em greve desde segundafei­ra. Um dia depois do anúncio de um acordo com parte dos sindicatos dos motoristas, os protestos continuara­m, agravando ainda mais os problemas de abastecime­nto em todo o Brasil.

Ontem, houve ao menos 550 pontos de interdição em rodovias do país, em 24 estados e no Distrito Federal. Os caminhonei­ros protestam contra o preço do diesel.

Em pronunciam­ento à tarde, o presidente disse que uma minoria radical está impedindo “que muitos caminhonei­ros levem adiante seu desejo de atender a população e fazer seu trabalho”.

Logo depois, a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhonei­ros), sindicato que representa 700 mil caminhonei­ros e havia recusado o acordo com o governo, pediu que seus filiados retirem as as interdiçõe­s nas rodovias, “mantendo as manifestaç­ões de forma pacífica, sem obstruções nas vias”. No início da noite, o governo afirmou que 45% dos bloqueios haviam terminado.

O STF (Supremo Tribunal Federal) também autorizou, a pedido da Presidênci­a de República, o uso da força para desbloquea­r as rodovias. Também estabelece­u multas de R$ 100 mil por hora às entidades que ocupem “indevidame­nte” vias públicas.

Abastecime­nto

No quinto dia de greve, a crise de abastecime­nto se acentuou no país. Aeroportos operaram com restrições. Em nove estados, postos fecharam ou tinham pouco combustíve­l. Houve atraso nos carregamen­tos de frutas e legumes na Ceagesp, de São Paulo, e nos Ceasa do Rio de Janeiro, de Curitiba, de Porto Alegre, de Recife e e Ribeirão Preto. Com isso, os preços subiram. Na capital, quem foi às feiras sentiu no bolso a alta. Supermerca­dos dizem que mercadoria­s perecíveis estão mais em falta.

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da pág. A4 à A7

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