Morre J. Hawilla, delator do caso de corrupção da Fifa
Empresário do ramo de mídia tinha 74 anos e estava desde segunda internado na capital paulista
Principal delator do escândalo de corrupção da compra de direitos de transmissão de direitos esportivos, que culminou com a prisão do expresidente da CBF, José Maria Marin, o empresário J. Hawilla morreu ontem na capital paulista, aos 74 anos.
Ele estava internado desde segunda-feira, no Hospital Sirio-libanês, para se tratar de problemas respiratórios.
Hawilla foi autorizado pela Justiça dos Estados Unidos a retornar ao Brasil em fevereiro, por causa de seus problemas de saúde.
Após fazer um acordo de delação, no qual pagou US$ 151 milhões (R$ 551 milhões), Hawilla aguardava a divulgação de sua sentença e negociava para que não tivesse que voltar aos EUA.
Em 16 de março, o procurador Richard Donoghue pediu à juíza Pamela Chen, responsável pelo caso, que a sentença de Hawilla fosse adiada para 2 de outubro. O prazo inicial era 23 de abril.
Hawilla teve câncer na garganta, tinha problemas pulmonares e disse em seu depoimento ter feito cirurgia para colocar um stent no coração. Falou com a juíza usando um balão de oxigênio. Há duas semanas, em voo de São Paulo para São José do Rio Preto, ele passou mal e teve severa falta de ar.
A amigos, disse que chegou a pensar que morreria dentro do avião.