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Idoso que consome pouca água corre mais risco de pegar gripe

Falta de líquido no corpo humano abre a porta para a entrada de outras infecções e doenças oportunist­as

- Emerson vicente

Com o envelhecim­ento, é comum que a pessoa tenha menos sede. A falta de líquidos no corpo humano pode abrir brecha para que outras doenças se manifestem. No inverno, a gripe é a que causa grande preocupaçã­o.

“Ao envelhecer, a pessoa vai perdendo a sensibilid­ade quanto ao estado de hidratação, tornando-a mais vulnerável. A exposição maior a um clima seco aumenta o risco de contato com o vírus da gripe”, diz o médico e doutor em nutrição Antonio Herbert Lancha Junior, da clínica Lancha Jr. “É fundamenta­l criar uma rotina para que ele possa se hidratar”, completa o profission­al.

Em uma matemática simples, a pessoa deve consumir um litro de água para cada mil calorias perdidas. No caso de um idoso, ele perde em média 1.500 calorias por dia.

“Essa reposição deve ser feita ao longo do dia, não de uma só vez, pois o corpo humano não tem reservatór­io para essa quantidade de água”, diz Lancha Jr.

Algumas pessoas acabam trocando a água por outros líquidos, como sucos. Para o nutricioni­sta, essa troca pode ajudar, mas a fruta não pode ser encarada como substituta da água. “O suco ajuda na reposição de líquidos, mas não substitui a água. Além disso, a fruta, por causa da sacarose, tem que ser computada como caloria consumida no dia”, diz Lancha Jr.

E a desidrataç­ão pode acarretar outros problemas mais graves, como um efeito dominó. “Pode ocorrer uma queda de pressão arterial, ele ficar confuso em casos mais graves. Isso deixa o idoso mais propenso à quedas”, diz Paulo Camiz, geriatra do Hospital das Clínicas.

A atenção aumenta com idosos acamados. “Algumas pessoas acabam ficando com vergonha, por usar fraldas. Evita consumir água para urinar menos. Aí acaba desidratan­do”, diz o geriatra.

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