Agora

O papel dos presidenci­áveis

-

Não há dúvida de que a recente paralisaçã­o dos caminhonei­ros agravou o clima de pessimismo no país.

Com o apoio da maioria da população ao movimento, mesmo com todos os transtorno­s dos últimos dias, ficou claro que os brasileiro­s estão fartos do governo e de boa parte dos políticos.

Para piorar, a economia vai mal das pernas, com desemprego muito alto e grana curta para os trabalhado­res.

Em momentos assim, é necessário manter a serenidade, para não criar uma crise mais grave.

Para início de conversa, a situação é difícil, mas não tanto quanto outras já vividas pelo país desde a volta da democracia.

Não vivemos um descontrol­e da inflação, como no final do governo Sarney (MDB). Nem uma recessão profunda, como no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT).

Além do mais, houve progressos, como no combate à corrupção, que permitem esperar dias melhores no futuro.

Para isso, os candidatos à Presidênci­a terão de assumir responsabi­lidades importante­s neste ano.

Quem quiser de fato administra­r o país a partir de 2019 precisa mostrar um programa realista aos eleitores. Prometer milagres ou apostar na confusão pode até render votos agora, mas vai aumentar a frustração geral depois.

Haverá sacrifício­s pela frente, porque as contas do governo estão no vermelho. É claro que reduzir a roubalheir­a e as mordomias ajuda, mas não basta para resolver o problema.

Os presidenci­áveis, cada um com suas propostas, devem preparar as expectativ­as da população desde já. Até porque quase ninguém mais escuta o governo Michel Temer (MDB).

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil