Vila em chamas
Em confronto direto de times que tentam se afastar da zona de risco, Peixe luta para acalmar os torcedores
No discurso da diretoria, mesmo que o Santos perca hoje do Vitória, no confronto que começa às 16h, na Vila Belmiro, o técnico Jair Ventura não vai perder o cargo.
O problema é que, para a maioria dos torcedores, o comandante nem deveria estar à frente do banco de reservas nesta partida (leia abaixo).
A campanha do Peixe não tem animado os santistas, que devem comparecer em número reduzido. Quem for, estará com pouca paciência para aturar um time que está na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
Com a derrota para o Atlético-pr, na última quintafeira, o Peixe engatou a pior sequência na temporada, com cinco jogos sem vencer e quatro sem anotar um mísero gol (cinco, se considerarmos que o tento diante do Luverdense foi contra).
Questionado sobre a pressão e a previsão de ser alvo dos torcedores, Jair Ventura disse, após a queda em Curitiba, que não pensa em encerrar o seu ciclo na Vila.
“É para eu pedir demissão? Não vou. Sei que meu elenco vai dar uma resposta melhor, como demos em todas as outras competições. Conversei com o vice-presidente [Orlando Rollo] e ele confia no trabalho a longo prazo. O Santos aposta nisso. Não tem ninguém covarde para pedir demissão”, disse o treinador.
Sobre o desempenho, que está longe do ideal, Jair Ventura entende que precisa de tempo, pois o Peixe está em fase de reconstrução.
“Nós tivemos três pilares modificados no Santos este ano: gestão, elenco e comando técnico. A situação toda sai do zero. Quando se muda muito, é difícil ter uma manutenção. Mesmo com tantas mudanças, alcançamos nossos objetivos. Dentro deles, não podíamos oscilar no Brasileiro. A situação de hoje não vai ser a situação final do campeonato”, aposta o treinador alvinegro.